Garrafas pets e de vidro, carcaça de televisão, lâmpadas, sacos plásticos e até capacetes usados por motociclistas. Todo esse material foi recolhido pelo “Mutirão de Limpeza nas Lagoas do Guandu”, que começou, nesta segunda-feira (15), na região conhecida como Lagoão na Área de Proteção Ambiental (APA Guandu Açu).
A ação foi organizada pela Prefeitura de Nova Iguaçu em parceria com a Associação de Pescadores da região. A Secretaria de Meio Ambiente de Nova Iguaçu, a Secretaria Municipal de Assistência Social, a Empresa Municipal de Limpeza Urbana de Nova Iguaçu (Emlurb), a Guarda Ambiental, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), o Conselho de Meio Ambiente de Nova Iguaçu, a Firjan e a ONG Onda Verde também participaram.
Também conhecido como Pantanal Iguaçuano, o local da ação faz parte da área de proteção ambiental APA Guandu Açu, com 840 hectares, sendo que cerca de 40% é formado por um grande espelho d’água da junção das águas dos rios Guandu, Ipiranga, Cabuçu e Rio São Pedro.
“O objetivo desse mutirão não é apenas recolher lixo que é descartado erroneamente nas lagoas do Rio Guandu, mas mostrar também a parceria entre o poder público e a sociedade civil na proteção ambiental de um lugar importantíssimo para o Rio de Janeiro. O Rio Guandu e seus afluentes são a caixa d’água da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, pois servem mais de 10 milhões de pessoas”, afirma o secretário de Meio Ambiente de Nova Iguaçu, Fernando Cid. “É pela educação ambiental que as pessoas precisam ter consciência para não jogar o lixo de forma errada, pois isso acarreta um enorme impacto ambiental negativo, afetando a qualidade da água, matando nossos peixes.”.
Para o trabalho de fiscalização e monitoramento da APA Guandu Açu, onde fica a Estação de Tratamento de Água da Cedae, a maior do mundo, a Secretaria de Meio Ambiente vai usar um barco motorizado da Guarda Ambiental e drone.
Morador da região e um dos 50 pescadores da região que tiram seu sustento da pesca no Rio Guandu, o vice presidente da Associação, Yago Vinicius Santos da Silva, de 30 anos, fez questão de participar do mutirão de limpeza do rio. Ele contou que a ação é importante para a volta dos peixes à lagoa.
“Com todo esse lixo em nossas lagoas, como vamos sobreviver da pesca? Hoje quase não vimos mais peixes aqui. É muito importante conscientizar a população que devemos conservar nosso meio ambiente para que não soframos ainda mais no futuro”, disse ele.