Na cidade do Rio, o Centro Municipal de Reabilitação (CMR) Oscar Clark é referência em reabilitação – Edu Kapps/Prefeitura do Rio
No Dia Internacional de Luta da Pessoa com Deficiência, celebrado neste sábado (3/12), a Secretaria Municipal de Saúde lembra que é dever de todos garantir os direitos dessas pessoas na sociedade. A reabilitação é um processo de resgate da dignidade das pessoas com deficiência, que contribui para a reinserção social por meio de recursos médicos e terapêuticos. Na cidade do Rio, o Centro Municipal de Reabilitação (CMR) Oscar Clark é referência em reabilitação e tem o objetivo de ampliar a possibilidade de locomoção, de comunicação, de autonomia e de independência das pessoas com deficiência física, visual, auditiva e intelectual.
O trabalho no CMR é realizado por uma equipe multidisciplinar, composta por cerca de 60 profissionais especializados e 16 médicos, visando aumentar, restaurar ou manter a independência e/ou autonomia nas atividades diárias, em qualquer idade, como explica a diretora, Cláudia D´Oliveira.
– Aqui é um lugar onde a gente promove qualidade de vida para as pessoas para que elas se reinsiram mais rapidamente em suas vidas de forma funcional e aprendam a ter sua própria autonomia para realizar as atividades do dia-a-dia.
O maior número de atendimentos no CMR Oscar Clark é para a reabilitação auditiva. Foram cerca de 2.300 no primeiro semestre de 2022. Nesta unidade, os pacientes são acompanhados por um otorrinolaringologista e realizam, simultaneamente, diferentes avaliações audiológicas, que permitem o avanço na reabilitação e o preparo para receber uma prótese auditiva.
Já na unidade de reabilitação física, os pacientes amputados são preparados física e psicologicamente para receberem a prótese que vai auxiliá-los a andar e se locomover.
– O paciente aprende a utilizar a prótese e só recebe alta quando estiver se locomovendo bem. Depois é acompanhado à distância e volta para troca da prótese, quando necessário – contou Cláudia.
Além dos amputados, a reabilitação física atende outras linhas de cuidados, como os ostomizados, que fazem uso de bolsa de colostomia e ileostomia; dispensação de cadeira de rodas e reabilitação neurológica para pacientes que têm sequelas de AVC. Esses últimos pacientes recebem também acompanhamento fonoaudiológico para recuperação da fala e tratamento com órteses para alinhar ou corrigir possíveis disfunções de membros, órgãos ou tecidos devido ao AVC.
A deficiência não está ligada somente ao físico, ao que é visto. Por lei, todas as pessoas que têm impedimento de longo prazo seja físico, mental, intelectual ou sensorial que impeça a sua participação plena na sociedade igualmente às outras pessoas são consideradas pessoas com deficiência. A principal função da reabilitação é proporcionar funcionalidade, autonomia e independência para as pessoas com deficiência, sejam elas temporárias ou permanentes.
Musicoterapia A musicoterapia é uma das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) disponíveis na rede municipal de saúde do Rio e ajuda a explorar a capacidade auditiva, o som da própria voz e também os sentidos táteis por meio do toque dos instrumentos musicais. Essa prática é utilizada na Unidade de Deficiência Visual (UDV) para estimular os sentidos e a percepção dos sons por meio da música.
– A musicoterapia é falar por meio da música, é começar a perceber sons, lugares, pessoas usando seus sentidos, é ser na vida readaptado para viver – explicou a chefe da Unidade de Deficiência Visual e musicoterapeuta, Alessandra Maia.
Esse processo funciona também no tratamento de pessoas com Transtorno do Espectro Autista atendidas no núcleo de reabilitação intelectual. A música ajuda a reduzir a sensibilidade ao som e alivia o estresse e a agitação.
– É um processo terapêutico que facilita e promove o desenvolvimento integral das pessoas com deficiência – disse a musicoterapeuta.
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