Larissa Ferreira Amorim e Rhavi – Rafael Catarcione / Prefeitura do Rio
A recomendação dos médicos é clara: bebês até os seis meses de idade devem ser alimentados somente com leite materno. Nem água é preciso oferecer. Crianças amamentadas ficam menos doentes, por exemplo. Mas passar por essa experiência após dar à luz nem sempre é fácil e, para incentivar esse gesto entre as mamães e tirar dúvidas no pré e no pós-parto, a Secretaria Municipal de Saúde oferece grupos de educação, nos quais profissionais ensinam técnicas e estratégias para deixar esse momento mais prazeroso e eficaz.
No Dia Internacional da Mulher, três cariocas que tiveram filhos recentemente contam como é compartilhar esse tipo de informação e como isso afeta positivamente no desenvolvimento de suas crias. Elas frequentam grupos de apoio na Clínica da Família Sônia Maria Ferreira Machado, em Guaratiba, na Zona Oeste. Durante esta semana, o site da Prefeitura do Rio apresenta alguns dos serviços municipais voltados ao público feminino, e a campanha de aleitamento materno é uma dessas iniciativas. A Secretaria de Saúde incentiva ainda a doação de leite materno nas maternidades municipais.
Larissa, de 26 anos, e Rhavi, de 3 meses
O primeiro mês de vida do pequeno Rhavi não foi fácil. O menino, primogênito de Larissa Ferreira Amorim, custou a ganhar peso, mas com a ajuda do grupo na clínica da família onde fez todo o pré-natal, ela conseguiu entender o processo de amamentação:
– O primeiro mês do Rhavi foi difícil. Quando a criança não ganha peso, você perde o estímulo de amamentar e, no grupo, a mãe recebe muito incentivo, vão profissionais até a nossa casa. Agora ele está supergordinho, com sete quilos. Eu soube das reuniões pela minha agente de saúde, somos acompanhadas por fonoaudióloga, nutricionista. São vários profissionais envolvidos, eles ensinam a fazer a pegada correta para a amamentação, falam da importância do aleitamento, explicam como armazenar corretamente o leite. Isso vai me ajuda na hora de voltar ao trabalho. Fora o aprendizado com outras mães que já tiveram ou ainda vão ter seus bebês. Agora penso até em doar leite pois, mesmo que seja pouco, isso ajuda as crianças que estão internadas em UTIs.
Lucieni e Gael – Rafael Catarcione / Prefeitura do Rio
Lucieni, de 38 anos, e Gael, de 4 meses
Lucieni Mattoso já passou pela experiência da maternidade três vezes. Na primeira, aos 20 anos, sem informação adequada, acabou não amamentando. Na segunda, chegou a optar por fórmulas por um tempo, mas depois conseguiu dar seu leite. Com Gael, a história passou a ser bem diferente, após a participação dela no grupo de aleitamento:
– Desde que saiu da maternidade, Gael gritava de fome. Achavam que eu não queria amamentar, mas eu via que saía o colostro. Foi a pediatra que percebeu a minha situação e indicou o grupo. Cheguei a oferecer fórmula para ele, até o leite vir de verdade e ele se acostumar com a mamada. Agora, com orientação, ele só mama no peito. É importante buscar ajuda quando percebe que algo está errado. Muita mãe vê que o bebê não está mamando e busca o mais prático, a mamadeira. Mas o leite materno é o melhor alimento. Meu filho hoje não tem cólica, não fica doente.
Juliana e Allana – Rafael Catarcione / Prefeitura do Rio
Juliana, de 35 anos, e Allana, de 2 meses
Quando teve o primeiro filho, há 13 anos, Juliana Alves Silva conta que aprendeu sobre maternidade “na raça”. Agora, receber o apoio de equipes de saúde está sendo fundamental para ela e o desenvolvimento da caçula, Allana.
– A mulher tem muitas dúvidas sobre maternidade, amamentação. Tem a temida pega, aquele jeito certo de fazer o bebê mamar corretamente, sugar o leite. As fissuras na mama também assustam muito, é importante saber como evitar isso. Amamentar não é um bicho de sete cabeças, toda mãe é capaz de fazer isso, e nunca é tarde para corrigir algo, se necessário. E, com a ajuda dos grupos de apoio, tudo fica mais fácil.
Mulheres reunidas na CF Sônia Maria Ferreira Machado – Rafael Catarcione / Prefeitura do Rio
Clínicas da família e centros municipais de saúde oferecem grupos
A campanha de aleitamento materno é tão importante entre as mulheres que existe até um mês dedicado ao tema, o Agosto Dourado. Para as mamães que possam estar enfrentando dificuldades nessa hora, as clínicas da família e os centros municipais de saúde oferecem os grupos de educação multidisciplinares. Além disso, as unidades têm toda a estrutura, desde a captação até a distribuição das doações de leite materno.
O leite materno é um alimento completo, que tem todos os nutrientes essenciais para o desenvolvimento saudável do bebê, dispensando o uso de água ou outros alimentos até os seis primeiros meses de vida. Além de proteger contra doenças, o aleitamento exclusivo traz inúmeros benefícios, não só para os pequenos, mas também para as mamães.
Os bancos de leite localizados nas maternidades municipais recebem as doações de mulheres cadastradas. O leite passa por todo o processo de controle de qualidade até ser disponibilizado para a nutrição de crianças internadas que, por algum motivo, não podem ser amamentadas pelas próprias mães. Para encontrar o banco de leite ou ponto de coleta mais próximo da sua residência, .
Compartilhe
Notícias
8 de março de 2023
7 de março de 2023
7 de março de 2023
7 de março de 2023
7 de março de 2023