Injeção Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo
A jovem de 21 anos que teve as nádegas lambidas por um farmacêutico antes da aplicação de uma injeção contraceptiva deu detalhes em depoimento prestado na 38ª Delegacia de Polícia de Vicente Pires, no Distrito Federal, de como ocorreu a importunação sexual. A vítima disse que pensou ter sentido escorrer o medicamento da injeção, mas tratava-se da saliva do agressor.
De acordo com a jovem, ela costumava sempre ir na mesma farmácia aplicar a injeção, mas nunca havia feito o procedimento com o farmacêutico em questão, que foi preso em flagrante nesta quinta-feira (9).
A garota relatou que o homem pediu que ela virasse de frente para a parede depois que ela abaixou a calça da cintura na altura padrão que o procedimento exige. Logo depois, ela sentiu algo molhado nas nádegas e chegou a perguntar se o medicamento havia vazado, foi quando percebeu que tinha sido lambida. A vítima deixou o local constrangida.
“A vítima relatou os fatos para a mãe, que foi à farmácia conversar com o gerente, tendo o autor [do crime] entrado na conversa e, em defesa própria, alegado que a vítima na hora da aplicação, teria abaixado as calças até os joelhos, como se fosse conivente com o abuso sofrido”, informou o chefe da 38ª Delegacia de Polícia Ataliba Neto.
Esse não foi o único caso
A polícia descobriu, durante as investigações, que uma colaboradora da loja já havia feito reclamações sobre o comportamento inadequado do suspeito. A testemunha disse que o funcionário já tinha o costume de a chamar de “gostosa” e a olhar de maneira invasiva, o que a deixava constrangida.
O assediador foi preso e autuado em flagrante por importunação sexual. Ele foi levado à carceragem da polícia e, se condenado, poderá receber pena de um a cinco anos de prisão.