Um minuto e 23 segundos. Esse foi o tempo que os alunos da Escola Agroecológica Vale do Tinguá, em Nova Iguaçu, levaram para deixar a unidade durante uma simulação de desocupação de emergência, na manhã desta sexta-feira (23). A ação, que faz parte do projeto “Escolas Seguras: Desenvolvendo a Resiliência através da Educação”, tem como objetivo capacitar estudantes, professores e funcionários a saberem lidar com a prevenção e percepção de riscos a desastres no ambiente escolar e, consequentemente, em suas residências.
A Escola Agroecológica Vale do Tinguá foi a terceira unidade escolar a receber o programa este ano. Ao longo da semana, estudantes e funcionários participaram de palestras, oficinas e simulações de desocupação. Eles levaram mais de dois minutos para deixar o prédio e foram reduzindo o tempo durante vários treinamentos. Desde 2017, quando começou o projeto, a ação já foi realizada em 32 escolas, capacitando mais de 14 mil pessoas, sendo 12 mil alunos e dois mil professores e funcionários.
“Esse projeto faz com que os alunos consigam perceber os riscos que os cercam, além de treiná-los para uma emergência na escola. Agora, eles sabem sair, de forma organizada e coordenada, num menor tempo possível, caso ocorra qualquer emergência na escola”, comentou o superintendente de Defesa Civil de Nova Iguaçu, Vilson Santos. “Durante toda a semana de atividades, fazemos palestras com instruções, ensinamentos e capacitação para as crianças, mostrando a elas a sinalização de rotas de fugas”.
A diretora da Escola Agroecológica Vale do Tinguá, que conta com cerca de 170 alunos, Marielen Furtado, destacou que o curso despertou o interesse dos alunos por uma profissão.
“Muitos já falaram que querem ser bombeiros militares por causa do curso. Eles também aprenderam como preservar os animais silvestres da região, além de lidar com situações de emergência na escola”, contou.
Uma das mais empolgadas com o curso da Defesa Civil foi a aluna Kethelen Victoria da Silva Dias, de 10 anos. A menina disse que vai ensinar aos pais o que aprendeu durante o projeto apresentado na semana.
“Aprendi que não se deve correr em situação de incêndio e vou contar aos meus pais que a Defesa Civil me ensinou que se deve sair devagar, calmamente. Estou muito feliz e é bem legal ter uma aula diferente na escola”, afirmou.
Em agosto, a visita vai acontecer na EM José de Anchieta (Tinguazinho). Em setembro, a simulação será na EM Aminthas Pereira (Figueira) e, em outubro, na EM Professora Izabel dos Santos Soares Melo (K11). Em novembro, a Secretaria de Defesa Civil de Nova Iguaçu ainda realiza um exercício simultâneo nas escolas que já receberam o projeto, numa alusão ao Dia Estadual para Redução de Riscos de Desastres.
O projeto “Escolas Seguras” foi destaque da VII Plataforma Regional para a Redução de Riscos de Desastres nas Américas e no Caribe, em Punta del Este, durante evento promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU), em fevereiro deste ano.