O CIDADÃO RJ

Dia do Veganismo: como adotar uma dieta vegana com saúde?

O Brasil tem aproximadamente 7 milhões de pessoas veganas, segundo a SVG Fabrizio Malisan/Flickr

Criado em 1994 em comemoração aos 50 anos da The Vegan Society (Sociedade Vegana), o Dia Mundial do Veganismo, celebrado nesta quarta-feira (1), conscientiza a população sobre a importância em assumir um estilo de vida que não consome alimentos de origem animal e que não utiliza objetos provenientes da exploração animal. Seja por questões de saúde, consumo consciente, preocupações socioambientais ou até mesmo pelo desejo de explorar novas perspectivas, esse movimento tem ganhado novos adeptos nos últimos anos. Sendo assim, o LeiaJá conversou com uma nutricionista para saber quais os benefícios alcançados ao se adotar uma dieta vegana e como tomar essa decisão com responsabilidade.

O movimento vem gerando tanta curiosidade nas pessoas, que de janeiro de 2014 a dezembro do ano passado, houve um aumento de 660% no volume de buscas na internet pelo termo “vegano” no Brasil, segundo a Sociedade Vegetariana Brasileira (SVG). A nutricionista Dayane Silva afirma que essa curiosidade da população “impulsiona a imagem que define o veganismo como um estilo de vida que vai além de uma simples questão alimentar”.

  “Como profissional não posso restringir o assunto apenas as questões alimentares, pois o veganismo engloba uma série de escolhas éticas e conscientes em prol da vida animal e da preservação do meio ambiente. Não posso defender apenas a dieta vegana. Tenho que também reproduzir os argumentos trazidos por pessoas que querem adotar esse estilo de vida. De fato, é um ato político”, pontua.

 Atualmente, o país conta com aproximadamente 7 milhões de pessoas veganas, o que o coloca como líder do veganismo na América Latina, de acordo com dados da SVB. Entretanto, mesmo com esse aumento expressivo, muitas pessoas ainda não compreendem quais as práticas necessárias para adotar esse hábito da melhor maneira, além disso, acreditam que a alimentação vegana tem preços elevados no mercado, em comparação aos alimentos de origem animal.

“Não acredito que seja uma decisão fácil, e sei que ainda existem muitas pessoas que acreditam que o veganismo é um padrão de vida elitizado. É importante entender que essa alimentação pode ser extremamente acessível e barata, assim como qualquer forma de se alimentar. Tudo é relativo e depende da participação do nutricionista”, afirma Dayane ao revelar que a função da nutrição é de “apontar quais as decisões que os pacientes devem tomar para garantir que todas as necessidades nutricionais sejam atendidas”.

“Cada corpo funciona de uma forma. As regras não valem para todas as pessoas, mas a cultura de comer bem deve ser adotada por todos. Com a ajuda de um profissional, é possível desenvolver um plano de alimentação equilibrado, incorporando na sua alimentação diferentes fontes de proteínas, ferro, cálcio e vitaminas essenciais para o organismo”, pontua.

A especialista explica que em alguns casos existe a necessidade da inclusão de suplementos alimentares para potencializar a dieta, como por exemplo, a Vitamina B12, que é bastante presente em alimentos de origem animal, como carnes, ovos, peixes e leite. Além disso, ela recomenda o uso de Vitamina D e Ômega-3 para as pessoas que desejam planejar uma dieta balanceada.

“Por exemplo, o Ômega-3, que sempre é mostrado em campanhas publicitárias como algo que está apenas em peixes, pode ser obtido a partir de algumas sementes como chia, nozes, linhaça, óleo de linhaça e óleo de canola”, ressalta.

 

 

 

 

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