As autoridades disseram que o ataque pode ter sido um crime de ódio. Unsplash
Três jovens de origem palestina que estavam em Burlington, no Estado norte-americano de Vermont, para o feriado de Ação de Graças, que ocorreu na quinta-feira, 23, foram baleados e feridos, um deles gravemente, perto da Universidade de Vermont (UVM), informou a polícia neste domingo, 26. As autoridades disseram que o ataque pode ter sido um crime de ódio.
Os tiros foram disparados por volta das 18h25 de sábado, 25, perto do campus da UVM, de acordo com o chefe de polícia de Burlington, Jon Murad. Ele acrescentou que a polícia está a procura do atirador.
Duas das vítimas estão em condições estáveis, mas a terceira sofreu “ferimentos muito mais graves”, disse Murad em comunicado de imprensa. Os três, todos de 20 anos, visitavam a casa de um deles e caminhavam quando foram confrontados por um homem branco armado.
“Sem falar, ele disparou pelo menos quatro tiros da pistola e acredita-se que tenha fugido”, disse Murad em comunicado. “Todas as três vítimas foram atingidas, duas no torso e uma nas extremidades baixas.”
Murad disse que os três homens são descendentes de palestinos. Dois são cidadãos dos Estados Unidos e um é residente legal. Dois dos homens usavam lenços “kafia” palestinos preto e branco. Murad acrescentou que não há informações adicionais que sugiram o motivo do suspeito.
“Minhas mais profundas condolências às vítimas e suas famílias”, disse Murad no comunicado. “Neste momento de tensão, ninguém pode olhar para este incidente e não suspeitar que pode ter sido um crime motivado pelo ódio. Já entrei em contato com colegas federais e a promotoria para me preparar para isso, caso seja comprovado.”
O FBI, a polícia federal dos EUA, disse estar ciente do ocorrido. “Se, no decurso da investigação local, surgirem informações sobre uma potencial violação federal, o FBI está preparado para investigar”, disse Sarah Ruane, porta-voz do FBI baseada em Albany, Nova York, em comunicado.
Protestos têm se proliferado e as tensões estão aumentando nos Estados Unidos frente ao avanço do número de mortos na guerra entre Israel e o Hamas, na Faixa de Gaza, Palestina.