O programa Prato Feito Carioca chega aos dois anos com um bom motivo para comemorar: as 20 cozinhas comunitárias já abertas oficialmente e as outras 12 prestes a serem inauguradas já serviram 3,7 milhões de refeições gratuitas às famílias em situação de vulnerabilidade social. E, até o fim do ano, a Prefeitura do Rio vai abrir mais 23 unidades na cidade.
Nesta quinta-feira (20/6), a Cozinha Comunitária Carioca Renascença comemorou, com festa, os seus dois anos de funcionamento no Andaraí, na Zona Norte. Lá já foram servidas 149 mil refeições. E, amanhã (dia 21/6), será a vez da Cozinha Comunitária Carioca Sacode Mangueira – a primeira unidade do programa Prato Feito a abrir as portas – festejar os seus dois anos. Nesta sexta-feira também serão inauguradas uma nova cozinha comunitária na Mangueira e uma no Morro do Tuiuti, em São Cristóvão, na Zona Norte.
– Vamos inaugurar mais 12 cozinhas até o dia 3 julho. O Estado tem obrigação de garantir o mínimo às pessoas. E, no Prato Feito, além das refeições, também levamos algumas ações de trabalho e renda – explica Everton Gomes, secretário de Trabalho e Renda do Rio.
De acordo com o presidente do Renascença, Alexandre Luis Alves Xavier, o clube tem compromisso com a assistência social, um comprometimento inclusive registrado em seu estatuto.
– O Prato Feito caiu como uma luva para nós. Temos muito orgulho de ser um dos polos do programa da Prefeitura do Rio – assinalou.
Para o casal Hélio Hilário, de 43 anos, e Tuane Maia, de 33, que comanda a cozinha no Renascença, o projeto não se resume à distribuição de comida.
– As pessoas, às vezes, vêm aqui atrás de atendimento de saúde ou apenas de atenção. Por isso, é importante outras ações da prefeitura aqui no Renascença” – defendeu o cozinheiro.
Há dois anos, Sergio Cascardo, de 66 anos, frequenta, de segunda a sexta, a cozinha do Renascença. Morador do Andaraí, ele leva todos os dias para casa o seu almoço e o do seu companheiro. Para Tereza Maria de Jesus, de 59 anos, o Prato Feito tem permitido a ela e ao sobrinho se alimentar todos os dias.
– O programa é bom porque ajuda quem não tem trabalho ou renda. Eu cato latinha. É assim que vivo. Mas tenho problema de coluna e, às vezes, fica difícil trabalhar – contou a moradora do Grajaú, acrescentando que gostaria de fazer um curso de costura, crochê ou de boleira, para, quem sabe, aumentar a sua renda.