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Brasil estreia na Copa América contra a Costa Rica nesta 2ª-feira às 22h; Douglas Luiz deve começar na reserva

Brasil estreia na Copa América contra a Costa Rica nesta 2ª-feira às 22h; Douglas Luiz deve começar na reserva Segunda-feira, 24/06/2024 – 01:35 O Brasil está pronto para a estreia na Copa América contra a Costa Rica, na próxima segunda-feira, às 22h (de Brasília), no SoFi Stadium, em Inglewood, pela primeira rodada. A Seleção está no Grupo D, que conta ainda com Paraguai e Colômbia, a última adversária do Brasil na primeira fase.

Neste domingo, o técnico Dorival Júnior confirmou as novidades na equipe titular. Guilherme Arana, do Atlético-MG, fica com a vaga de Wendell, do Porto. Na defesa, Éder Militão substitui Lucas Beraldo.

– Nós fizemos sim algumas mudanças, da base e dos dois jogos iniciais, que foram importantes para ver como os jogadores se encaixariam. Foram fundamentais esses treinamentos, onde nós pudemos testar mais nomes. A escalação inicial é justamente essa, com Militão e Arana, e com Alisson, em relação aos primeiros jogos dessa convocação – confirmou.

Assim, o Brasil da estreia terá Alisson, Danilo, Éder Militão, Marquinhos e Guilherme Arana; Bruno Guimarães, João Gomes e Lucas Paquetá; Raphinha, Rodrygo e Vini Jr.

O técnico disse que, por ser um torneio de tiro curto, ocorrerá ao menos uma alteração a cada jogo:

– Não é uma alteração técnica, é uma alteração tática. Para as exigências da partida de amanhã, acho que Arana e Militão vão se encaixar melhor, pontuando também que Beraldo e Wendell fizeram excelentes jogos. De repente, na frente, teremos outras formações. O que quero deixar claro é que em cada partida, pela necessidade de estar 100%, uma alteração acontecerá. É um torneio que exige.

O técnico foi perguntado sobre a situação do atacante Endrick, que marcou três gols nos jogos de preparação, mas que ainda luta por uma vaga no time titular. Diante da Costa Rica, o ataque será formado por Raphinha, Vini Jr e Rodrygo.

– Um pouquinho de paciência para ele encontrar o caminho dele com naturalidade. Eu, em todos os times, sempre trabalhei com as categorias de base. Isso me deu uma estrutura suficiente para entender qual o momento ideal de usar os jogadores. Há muitos jogadores que foram trabalhados por nós que tiveram ótimos resultados. Tudo é questão de tempo e de uma mudança comportamental do próprio atleta. Ele vem entendendo o que precisa fazer para ser titular daqui a pouco dessa equipe. Pode ser que não demore, até porque é um jogador extremamente hábil, de atributos interessantes.

– Nós que estamos ali fora torcendo, queremos ver todos juntos a todo momento. Sem o equilíbrio em campo, devemos dar um passo atrás. Ele está muito consciente e muito tranquilo. Ele sabe que tem sido muito importante. Talvez ele seja o jogador que entrou primeiro em todas as partidas. Vem dando uma ótima resposta. Tudo vai acontecer de maneira tranquila e natural. Tenho pressa em colocá-lo em campo, mas acho que tem que ter equilíbrio. As mesmas pessoas que pedem, e entendo que peçam, podem começar a questionar a entrada. Isso que não quero que aconteça. Ele tem uma capacidade excelente. Em pouco tempo, será um dos grandes jogadores promissores que estamos vendo.

Segundo o técnico, o tempo de preparação para a Copa América foi muito útil para que várias possibilidades e variações fossem testadas pela comissão técnica. Algumas delas serão vistas ao longo das partidas do Brasil na competição

– Talvez o que mais aproveitamos nesse período: ainda não temos uma regularidade, um equilíbrio em campo, e isso é natural, para uma equipe com pouco tempo de formação. Mas nesse tempo, trabalhamos com dois zagueiros, três zagueiros, com Marquinhos pelo lado direito, com Beraldo pelo esquerdo. Com Danilo segurando ou se soltando um pouco mais, com Militão pelos dois lados. Movimentamos o máximo as peças, para que não tenha nenhuma diferença quando estivermos em campo. Sem precisar de uma mudança específica, só com mudança de lugar.

– Nem tudo que foi trabalhado será usado em uma partida. O peso da estreia tem uma carga natural. Mas em algum momento usaremos. Os resultados dos treinamentos foram muito importantes, nos passaram uma confiança muito grande. Espero que isso seja traduzido em campo. É muito cedo? Talvez sim, mas espero que encontremos um caminho importante nessa competição.

Veja mais trechos da coletiva:

Dimensões do campo

– Eu chamo a atenção para as dimensões. Isso vai fazer com que os jogos sejam mais disputados. Uma observação: uma equipe que esteja marcando no campo de defesa terá uma chegada muito mais rápida ao campo adversário. Isso chama atenção. Nós mensuramos muito nos treinamentos isso, as facilidades em chegar rápido, mas também as dificuldades em jogar contra a defesa.

Estratégia de jogo

– Precisamos encontrar um equilíbrio, uma regularidade, com uma equipe que foi montada há três meses, que agora se reencontrou. No futebol, você não queima etapas, isso é importante para que tenhamos uma equipe consistente em campo, segura, que use as suas individualidades para a criação. As fases do jogo têm que ser bem entendidas rapidamente. Com troca de passes, caso não encontre o caminho, pode recolher, esperar, e sair em contra-ataques rápidos, que também podem vir a ser uma característica nossa, com jogadores técnicos e rápidos que podem chegar à frente.

Formatação do time

– Dentro de uma estrutura natural, aquilo que estamos pensando para este momento, acredito que seja a formação ideal. Nós temos que ter uma participação efetiva atacando, isso é equilíbrio. É uma equipe em formação ainda, que alguns jogadores talvez nem imaginassem estar aqui. São jogadores preparados, que jogam em grandes equipes do futebol brasileiro e mundial. Por isso, espero que teremos uma bela competição.

Ser técnico em um torneio

– É um motivo de orgulho estar defendendo a seleção mais vitoriosa do planeta. Uma equipe que sempre foi referência para todo mundo. Passaram aqui excelentes profissionais, grandes jogadores, que fizeram uma história gloriosa. O que gostaria de fazer é proporcionar ao nosso público prazer e alegrias. De sentir dentro de campo que a equipe tenta entregar o máximo para resgatar a alegria. Nada pessoal, e, sim, no sentido coletivo, para que possamos voltar a uma decisão de Copa América, de Copa do Mundo. Esse será o trabalho já iniciado desde o início de 2024.

Brasil terá contra-ataque forte?

– Eu acredito que todas as equipes têm suas opções. As fases de uma partida são distintas. Se você iniciar com uma marcação mais alta, em algum momento tem que retornar mais, dar mais campo ao adversário. É natural isso. Essas fases, se bem entendidas e desenvolvidas, é natural que você tenha vantagem sobre o adversário. É fundamental ter entendimento do jogo. Sobre a distância, da retomada da bola ao gol do adversário, é muito mais curto do que os jogos do nosso país.

Fonte: ge