O empresário José Artur Melo de Almeida, conhecido como Artur Bolinha, não é um desconhecido do universo político campinense. Disputou a prefeitura nos últimos três pleitos municipais, 2012, 2016 e 2020; e participou também das eleições em 2018 – como candidato a deputado estadual – e 2022, como candidato a vice-governador.
O histórico não é nada positivo. Acumulou derrotas em todos esses pleitos.
Agora, após decisão do PL em retirar o apoio do prefeito Bruno Cunha Lima (UB), Bolinha diz ter aceitado mais uma vez o desafio de ser candidato a prefeito.
Um projeto que nasce lutando contra o relógio, considerando já o momento de convenções partidárias – em que os demais pré-candidatos estão a tempos nas ruas.
Bolinha chega com um ‘tamanho’ diferente daquele que disputou a prefeitura em outros momentos. Carregará a marca dos insucessos anteriores, mas terá um tempo de televisão e estrutura invejáveis, do PL, em comparação com o que teve à disposição no PTB, PPS e no antigo PSL.
Também terá um reforço em sua plataforma de gestão a ser apresentada.
Nas primeiras campanhas era somente o empresário bem sucedido. Este ano será, também, o gestor que retirou o Treze de uma dívida de R$ 7 milhões e tornou o clube campeão paraibano em 2023, com dívidas renegociadas e uma estrutura modernizada.
Em um cenário onde a oposição tem questionado muito a eficiência da gestão do prefeito Bruno, o conceito tem um terreno fértil.
Mas a política não é movida somente por conceitos, nem por retrospectos. É uma arte cuja construção passa pelo corpo a corpo, pelo engajamento das periferias e, também, pela relação de empatia entre candidato e eleitor.
Bolinha, nessa seara, testará mais uma vez o seu nome. Terá que corrigir antigos equívocos de campanha para não sair de um ‘tamanho’ menor do que entrou da disputa.