O CIDADÃO RJ

Vasco se une aos outros grandes do Rio no projeto Terra FC em prol da sustentabilidade

Vasco se une aos outros grandes do Rio no projeto Terra FC em prol da sustentabilidade Sábado, 10/08/2024 – 07:50 Na noite da última quinta-feira (08), a Casa G20, localizada na Casa de Cultura Laura Alvim, em Ipanema, no Rio de Janeiro, recebeu convidados especiais para o pré-lançamento do projeto Terra Futebol Clube – Green Football Brazil, uma realização de Count Us In e Onda Solidária. Acreditando na força transformadora do esporte, o objetivo do encontro foi dar o apito inicial na partida para a mobilização de jogadores, clubes e torcedores contra as ações climáticas em todo o mundo.

Representantes e atletas de base de Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco estiveram na cerimônia, que contou ainda com a presença de membros da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade do Rio de Janeiro, da Secretaria de Juventude e Envelhecimento Saudável do Estado do Rio de Janeiro, o cantor Raimundo Fagner, conselheiros do Y20, dos Jogos Indígenas, consultores internacionais de sustentabilidade, além de outros renomados indivíduos e instituições que apoiam a causa.

“A gente fala muito sobre como utilizar o poder do futebol para proteger o que amamos. E essa é uma história sobre engajar as pessoas através da paixão. Temos pessoas aqui que fazem diferença na ponta porque acreditam, porque são apaixonadas pelo esporte e pelo planeta. Engajar, unir… a gente está aqui para unir forças. E no Brasil não existe paixão maior do que o futebol. Não só no Brasil, mas no mundo.”, declara Ricardo Calçado, Diretor do Terra F.C.

E ele completa: “Está acontecendo, a minutagem está rolando. Quando a gente vê notícias como as de que a FIFA foi obrigada a inserir parada técnica para hidratação nos jogos, quando a gente vê jogadores sofrendo com o calor durante 90 minutos, a gente está perdendo esse jogo. Está piorando, está cada vez mais afetando as partidas. As nossas rivalidades podem e devem continuar existindo de forma saudável dentro de campo, mas para isso precisamos estar juntos na luta contra a mudança climática fora dele. Esse é o nosso grande adversário. É a luta contra a questão do clima, do meio ambiente. Porque se o planeta acaba, o futebol também acaba. Simples assim”.

Chamados no palco após a explicação sobre a campanha, que contou ainda com a participação de Eric Levine, da Count Us In, e Marcos Botelho, da Onda Solidária, ambos também Diretores do Terra F.C., convidados e representantes dos clubes cariocas assinaram a camisa oficial do projeto como um gesto de comprometimento com as futuras ações a serem implementadas, dentre elas a organização de jogos verdes em todo o Brasil; a criação de campanhas de conscientização sobre as mudanças climáticas; e a articulação por políticas públicas para um futuro mais sustentável.

“É um evento que eu estou esperando há muito tempo, e eu considero um passo inicial muito grande (…) nada mais perfeito do que juntar futebol com sustentabilidade. Independente do time que a pessoa torça, ele move muitos torcedores. E torcedor é estádio, é esporte. Tudo isso junto com sustentabilidade tem tudo a ver, e eu não sei porque ninguém pensou nisso antes. Ele (Ricardo) carregando essa força que ele tem de carregar todo mundo no mesmo objetivo, eu tenho a impressão de que a coisa vai dar muito certo e a gente do Flamengo está contando com isso. Eu acho que a Nação vai abraçar”, declara Angela Landim, Diretora de Responsabilidade Social do Flamengo, que completa:

“No Flamengo hoje a gente já faz algumas ações nesse sentido. A nossa linha é mais de cuidar do planeta, de cuidar de resíduos, reutilizá-los. E o nosso estádio novo já tem na concepção dele uma área toda de sustentabilidade também, que é a parte da água, do reúso, a questão da energia solar, tudo isso. Mas essa coisa que ele carrega, que é envolver o torcedor, eu acho que vai ser fantástico e a Nação vai aderir. Golaço!”.

Pensando a Juventude – Presença dos atletas de base dos clubes

Além de coordenadores e representantes dos departamentos de responsabilidade social dos clubes, atletas de base também tiveram a oportunidade de se engajar no evento, provocados a pensar em suas carreiras daqui a alguns anos.

“Para mim é um prazer estar aqui representando o Botafogo, a gente deve sempre pensar em proteger nosso futuro e nosso planeta, e é muito importante a gente estar aqui e se unir para fazermos boas ações, práticas boas, porque sem nosso planeta a gente não tem o futebol”, declara o atleta Sub-17 do Botafogo Henrique Simeone, que esteve ao lado de seu companheiro de time Ryan Félix no momento da assinatura da camisa.

Pelo Fluminense, Arao, quer formou dupla com Kauan na cerimônia, ambos do Sub-16 das Laranjeiras, também frisou a importância de ter atletas de base pensando em causas que olhem para o futuro: “Queria agradecer primeiro o Fluminense por ter me dado a oportunidade de estar aqui hoje, a gente tem que sempre preservar o nosso planeta, cuidar do nosso futuro, do que vai ser daqui a 20, 30 anos. Nossa torcida é maravilhosa e tenho certeza que eles vêm junto com a gente nessa causa”.

Pelo Vasco, um clube que tradicionalmente carrega em sua história importantes causas sociais, Cleison, do Sub-20, e Otávio Netto, do Sub-15, representaram a Cruz de Malta na assinatura da camisa. “O Vasco é um clube que sempre olha para as causas sociais. Se você olhar sua história, tem a luta contra o racismo, sempre uma representatividade, e claro que desta vez o Vasco também iria abraçar a campanha. Eu agradeço muito por estar aqui hoje podendo escutar tudo o que foi falado, porque é um primeiro passo importante demais para o nosso futuro”, finaliza Cleison.

Terra F.C. – um manifesto global

“A cada 90 minutos, 1.500 campos de futebol de florestas são devastados no mundo. No tempo de uma partida de futebol. A gente consegue conviver em paz com essa realidade? Para isso, a gente trás uma camisa, uma marca, um clube que é também um manifesto, que ao ser assinado por cada um de vocês, significa um comprometimento real, individual e dos clubes nas mais diferentes áreas e setores, e refletir: ‘eu sou parte do Terra FC, e agora? Como é a mudança da minha perspectiva? Como eu engajo meu clube, meu departamento, minha casa, minha família?’ Não podemos mais conviver com ações que sejam ou só assinadas por ativistas, ou governantes, a gente precisa de todo mundo junto para mudar esta perspectiva”, contextualiza Marcos Vinicius Botelho.

O modelo do Terra F.C. é inspirado no Green Football Weekend, da Inglaterra: “Montamos um programa por 3 anos que juntou clubes, TVs detentoras de direitos de transmissão, torcedores e jogadores. As transmissões dos jogos mostravam a importância do engajamento dos fãs em todo o país. E tudo começou juntando os rivais Tottenham e Arsenal, dizendo que isso era mais importante que suas rivalidades. Ano passado, em 2024, todos os 115 clubes aderiram à campanha, desde a Premier League até a quarta divisão inglesa, 30 milhões de fãs, 20 mil green goals, escolas fazendo ações… Uma razão pela qual o Terra F.C. pode vencer aqui no Brasil é que, juntos, podemos incluir toda essa experiência prévia nas ações por vir. E o Brasil AMA futebol”, finaliza Eric Levine.

Fonte: Divulgação Terra FC

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