Fotos: Richard Casas / GVG
A vice-governadora Marilisa Boehm destacou a importância do uso de um protocolo de atendimento às pessoas vítimas de violência sexual em todas as cidades catarinenses. Ela abordou o assunto durante sua palestra na 13ª edição da Jornada de Perinatologia da Maternidade Darcy Vargas, em Joinville, na manhã desta segunda-feira, 12.
Para um público de aproximadamente 300 profissionais da área médica de várias regiões catarinenses, ela contou sua trajetória como delegada da Polícia Civil na maior cidade de Santa Catarina entre 1990 e 2014. Ao contar que, além ter criado a Delegacia da Mulher no município, ter sido delegada regional e participado da criação da casa Viva Rosa, que surgiu para abrigar mulheres agredidas, a vice-governadora citou que atuou na criação do protocolo de atendimento às vítimas de violência sexual.
“Na época levamos 12 anos para implantar esse protocolo, até que toda a rede de saúde de Joinville estivesse de acordo. Antes, a mulher precisava fazer o boletim de ocorrência, receber uma guia de exame de delito para ir ao Instituto Médico Legal, sentar e esperar sua vez de atendida. E, em cada fase, precisava contar sua história novamente. E assim ela ia revivendo tudo o que passou várias vezes. Em grande parte dos casos, chegava um momento que a mulher nem queria mais dar continuidade ao procedimento de denúncia, de buscar seus direitos”, explicou Marilisa.
Com um protocolo em ação, o hospital ou setor que receber a denúncia faz a notificação para a delegacia, que comunica toda a rede de atendimento. “Todos ouvem a história uma única vez e saem para fazer seu respectivo trabalho. Além de Joinville, outras das maiores cidades do estado têm o serviço. Mas é imprescindível que isso exista em todos os municípios”, argumentou.
Para a vice-governadora, além de ser um evento técnico-científico com o objetivo de discutir com a Rede de Atenção à Saúde temas relacionados à saúde materno-infantil, a Jornada de Perinatologia da Maternidade Darcy Vargas tem outra relevância. “Aqui estão multiplicadoras de conhecimento que vão levar para as suas cidades esta ideia que pode ser replicada, ampliando ainda mais a atenção às mulheres de todo o estado. E como já há um modelo que funciona em pleno uso, não será mais necessário esperar tanto tempo para termos essa ferramenta em uso. As prefeituras devem procurar os locais que já usam o sistema, se informar e criar o seu protocolo”, citou.
Mais informações:
Jornalista Alessandro Bonassoli
Assessoria de Comunicação
Gabinete da Vice-governadora
(48) 3665-2186
E-mail: [email protected]