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Ex-amante de Payet publica vídeo chorando após denunciar o jogador

Após acusar o jogador francês Dimitri Payet, do Vasco, por agressão física e psicológica, a advogada Larissa Ferrari apareceu aos prantos nas redes sociais nesta quinta-feira, 10, dizendo que se sente culpada pelas humilhações que afirma ter sofrido por parte do atleta.

“Por vezes quando eu choro e apareço aqui falando de culpa, é porque eu me culpo. Por que me permiti ficar num relacionamento assim por tanto tempo? Por que fingi que nada acontecia? Por que acreditava que não merecia ser amada, que merecia ser punida e humilhada? Me dói, me envergonha. Eu precisava tirar isso de dentro de mim. Não entendo porque me coloquei numa situação tão degradante e permaneci”, disse.

A advogada apresentou provas dos hematomas pelo corpo e fez exame de corpo de delito no Paraná, onde também prestou queixa contra o atleta. Nas imagens que o EXTRA teve acesso, ela mostra hematomas e manchas roxas nas pernas, bumbum e braços, que seriam das agressões físicas que ela afirma ter sofrido de Payet.

Segundo Larissa, Payet justificava as agressões como uma “punição”.

“Algumas marcas na parte de baixo do meu corpo, por exemplo, na panturrilha e tornozelo, eram porque ele pisava. Ele pisou no meu rosto, cabeça e pernas. Ele sentia prazer em fazer isso. No bumbum, era durante esses momentos sexuais. Eram sempre punições. Ele sempre usava esse termo ‘punição’. Ele me fazia acreditar que eu era culpada e merecia ser punida. E eu acreditava. Só fazendo terapia percebi que eu não merecia. Em um desses dias de agressões, ele me segurou pelo braço e pelo pulso, me empurrava, tentando me afastar, e se tornava cada vez mais agressivo”, detalhou ela ao EXTRA.

Segundo ela, as agressões vinham acompanhadas de xingamentos: “Ele me chamava de ‘vagabunda’, dizia que eu era ‘vagabunda igual a todas as brasileiras’, dizia que devia ter acreditado em tudo que falavam para ele na Europa. Ele dizia: ‘você está gostando disso? Porque você merece ser punida”,

No dia 30 de março, em União da Vitória, Paraná, Larissa compareceu à delegacia e relatou que passou a receber ameaças veladas do jogador. Segundo o boletim, após ela retornar à cidade, Payet começou a usar frases como: “Vou mandar alguém para te deixar segura” e “Vou mandar alguém ai para cuidar de você”.

De acordo com a denúncia, a advogada alegou que o relacionamento dos dois é conturbado e que o jogador sempre demostrou comportamento agressivo e controlador. Um inquérito foi instaurado para apurar as alegações.

No Rio, um boletim foi feito no dia 29 e março, no qual Larissa afirma ter sido vítima de agressão por parte de Payet, deixando marcas em seu corpo, entre os dias 28 de fevereiro a 9 de março. A mulher alega que sofreu violência física, moral, psicológica e sexual.

Em entrevista exclusiva ao EXTRA, Larissa afirma que foi submetida a constantes humilhações e situações degradantes como forma de “punição”, toda vez que o francês sentia ciúme dela:

“Ele me pedia para beber minha própria urina, me sujar, lamber o chão, lamber o vaso. É difícil falar e ver esses vídeos. Cheguei a beber água do vaso, eu não consigo acreditar, quando falo disso, não gosto nem de olhar para a câmera porque não consigo nem acreditar que fiz”.

Larissa relata que realizou os pedidos de Payet porque, segundo ela, ele sabia que ela estava frágil emocionalmente. A advogada conta que é diagnosticada com transtorno de personalidade Borderline, e por isso, o atleta “aproveitava para ganhar vantagens sexuais”.

Em dezembro, num dos encontros com o jogador no Rio, Larissa conta que foi ameaçada por ele dentro do carro, enquanto seguiam para a casa dele, na Barra:

“Foi a primeira vez que vi ele muito agressivo e me ameaçou. Disse que, se fosse em outro momento, o meu fim poderia ser outro. Ele disse que eu tinha sorte de ter conhecido ele num momento bom da vida… Imagina se eu tivesse conhecido ele num momento ruim?”

Após o episódio, Larissa relembra que as agressões pioraram, a ponto de machucá-la, como nas imagens que anexou a sua denúncia.

A advogada diz que a atitude de expor tudo o que viveu no relacionamento é em busca de sua segurança: “Com a exposição, recebi muitos julgamentos, eu já sabia que ia acontecer. Mas entre ser julgada e a minha segurança, preferia a minha segurança. Não foi algo que pensei: ‘Vai ser lindo, vou ficar famosa’. Eu sabia que ser extremamente julgada, mas pensei: ‘É s minha segurança’”.

Larissa também entrou com pedido de medida protetiva de urgência contra o jogador. O EXTRA procurou o jogador e sua assessoria para comentar sobre os dois boletins de ocorrência contra ele, mas não teve retorno. O caso foi registrado na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Jacarepaguá. A investigação está em andamento e segue sob sigilo.

Fonte: Extra