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Confira outros tópicos da entrevista coletiva de Fernando Diniz após Vasco 0 x 2 Red Bull Bragantino

Confira outros tópicos da entrevista coletiva de Fernando Diniz após Vasco 0 x 2 Red Bull Bragantino

O técnico Fernando Diniz demonstrou preocupação com o momento do Vasco no Brasileiro. Neste sábado, a equipe perdeu por 2 a 0 para o Bragantino, e tem chances de entrar na zona de rebaixamento nesta rodada, a depender dos jogos que serão realizados no domingo.

Ao fim do jogo, o treinador analisou o desempenho de sua equipe:

– O sinal de alerta está ligado desde que cheguei. A situação no Brasileiro é delicada. O time tem 10 pontos em 11 partidas. Vocês vão perguntar sobre o jogo, o que prejudicou dois gols extremamente fáceis de serem evitados. A gente treinou muito. Um escanteio no primeiro pau, um lateral que a gente entregou e terminou no escanteio no lado oposto. Tínhamos alertado que eles sempre mudam a direção da bola. O segundo gol era ainda mais fácil de ser evitado. Eles sempre colocam dois caras na área e não marcamos – afirmou Diniz.

– De maneira geral o time não jogou mal na bola. Finalizamos 20 vezes, tivemos chances de finalizamos, mas precisamos ser efetivos (…) Nós facilitamos demais – completou.

O Vasco sofreu os dois gols ainda no primeiro tempo, e alternou bons e maus momentos na partida. Apesar do resultado, o time construiu mais chances de finalizações (20 x 3), mas, na maior parte do tempo, o Massa Bruta esteve mais confortável com o andamento do jogo.

A derrota deixa o Vasco em uma situação delicada na rodada. A equipe de Fernando Diniz permanece com 10 pontos em 15º lugar. Para não terminar a rodada no Z-4, precisa contar com derrotas de Fortaleza e Vitória, além de torcer para que Santos e Juventude não ganhem (confira a tabela).

– O Vasco está evoluindo. O que me preocupa é o resultado. Não adianta finalizar 20 vezes e perder o jogo. A torcida quer vitória e a gente precisa de vitória. Na tabela de classificação não está lá quem joga bem. Mas a gente não vai aumentar nossa chance ganhando mal, vamos aumentar ganhando bem. O jogo de hoje foi muito claro. O Bragantino teve três chances e fez dois gols.

Veja outras respostas:

Qual é o problema do Vasco? É psicológico?

– Não acho que o problema do Vasco seja esse. Quando eu ganho, fiz um monte de coisa. Quando perde, tem problema. Eu sou responsável desde quando cheguei. O time não fez uma partida ruim. Os caras treinam e muito, mas os caras cometeram falhas que não podem cometer. No segundo tempo nós melhoramos. Não conseguimos ser um time mais agressivo. O Vasco está evoluindo. O que me preocupa é o resultado. Não adianta finalizar 20 vezes e perder o jogo. A torcida quer vitória e a gente precisa de vitória. Na tabela de classificação não está lá quem joga bem. Mas a gente não vai aumentar nossa chance ganhando mal, vamos aumentar ganhando bem. O jogo de hoje foi muito claro. O Bragantino teve três chances e fez dois gols.

Por que não fez todas as substituições? Não substitui porque não tem confiança no banco?

– Uma das coisas que é fato é que não conheço de plenitude o elenco, mas duas das substituições foram mais para o final. Não dá para fazer cinco substituições faltando 30 minutos, aí se machuca alguém eu não posso mais mexer no time. Eu percebo o jogador que está cansado, mas você tem que fazer uma conta… Tem jogador que conhece mais o estilo tático.

– Em relação ao Vegetti, não é que eu confio menos nos outros, eu confio muito nele. Ele tem muito gol, muito carisma, ele é confiante. A gente teria muito cruzamento no segundo tempo, então ele dificilmente sairia. Se tivéssemos outro jogador com a característica dele no banco nós teríamos dois centroavantes em campo provavelmente. A chance mais fácil para a gente fazer um gol hoje seria um gol de cabeça, ou um rebote depois de uma cabeçada. Não é desconfiança, é confiança no Vegetti.

– O segundo atacante que nós temos hoje é o Alex Teixeira. É a hora que discutimos o resultado. O Rayan não é atacante, mas já fez isso várias vezes na base. Aí colocamos o Alex, e tínhamos Rayan e Vegetti. Era um time para preencher a área e aproveitar melhor os cruzamentos. Infelizmente não aproveitamos nenhuma chance.

Parada para a Copa

– Ela vem em um bom momento para dar mais condição ao time. Vamos trabalhar com extrema dedicação para o time ficar mais forte e ganhar recurso em todos os aspectos do jogo. Aspecto físico, emocional e tático… Vai servir em tudo.

Pode alcançar coisas positivas no 2º semestre?

– Acredito muito no time. O time vai melhorar. Na minha conta pode colocar desde que eu assumi. Eu cheguei para o time ganhar jogo. Se comparar o jogo do Fluminnese com jogo nós fomos muito melhores, mas temos que fazer gols. Se você olha que um time fez 20 finalizações e outro quatro, você acha que nós vencemos. Tem que fazer gol e não levar os gols evitáveis que levamos.

Piton e João Victor

– O segundo gol do Bragantino foi um erro muito coletivo. Todo mundo sabe que a gente errou um monte de coisa. Era uma falta, abrimos o centro do campo, não fizemos pressão adequada. O jogador recebeu a bola livre, o Piton fez o movimento correto de ir para as costas, a gente tinha que preencher a área e demoramos de fazer o movimento defensivo. Não gosto de individualizar. Foi algo coletivo.

Paulo Henrique sentiu algo?

– Não sentiu, porque senão ele não teria sido melhor no segundo tempo. Ele jogou muito melhor.

O que falta defensivamente?

– Vamos analisar o jogo. O que aconteceu de falta de recomposição foi no primeiro tempo, por isso levamos gols. É que perde o jogo e fazem análises tortas. Nós tivemos problemas de recomposição no primeiro tempo e levamos gols. O segundo gol foi uma falta de recomposição muito clara, os jogadores não estavam cansados. Nós melhoramos no segundo tempo. O time já sabe que tem que recompor. Nós fomos extremamente eficientes contra o Melgar mesmo com 3 a 0. O time já entendeu que precisa recompor rápido, quando você leva 1 a 0 muda esse cenário. No fundo, o time já entendeu o que precisa fazer, mas precisa ser mais consistente. Fizemos contra Fortaleza e Melgar, mas hoje deixamos de fazer.

Tchê Tchê e Coutinho não conseguem recompor?

– Eles não fizeram contra o Fortaleza? Contra o Melgar? Fizeram o tempo todo contra o Melgar e com muita dedicação. É algo simples. É ter boa vontade para correr para trás. Se cansar a gente troca. Qualquer um pode fazer. É correr para trás. Um time com característica mais ofensiva tem que se dedicar, e eles têm se dedicado.

Houve falta de movimentação do time?

– Desde o primeiro tempo, o jogo estava se configurando mais para inversão de corredor do que priorizar um lado do campo. Foi pedido desde o primeiro tempo. O time estava preparado. O Bragantino marca em bloco o tempo todo. No começo do jogo, não dá para configurar. No primeiro minutos, perdemos a bola e tomamos o gol com dois minutos. Aos poucos, mudamos um pouco a forma de atuar e usamos mais os corredores. O Paulo Henrique, conversamos no intervalo orientar para colocá-lo mais no jogo, em uma posição à frente. Não era algo que precisava de intervalo para corrigir. O Paulo estava mais encolhido, é algo que ele fica naturalmente. De todos os jogos, esse foi o que ele ficou mais encolhido sem muita necessidade no primeiro tempo. No segundo, ele jogou mais dentro das características que ele atua. Não que em determinado momento a gente não possa encolher algum dos laterais, mas hoje não era a ideia.

Camisas 5

– Gosto dos três jogadores (Hugo, Jair, Mateus). É um trabalho muito curto. O Hugo ficou fora de duas partidas, o Mateus começou contra o Fluminense, mas como segundo. O Jair jogou bem contra o Melgar, é muito técnico. Difícil falar de uma dificuldade. A gente vai achar um jogador, no melhor momento vai aparecer. Não dá para saber se é uma dificuldade. O Hugo não jogou por suspensões. Entrou 3 jogos e ficou 2 suspensos. Gosto de qualquer um, até o Tchê Tchê pode jogar de cinco, ele jogou de cinco comigo no São Paulo.

Personalidade do Coutinho

– É um presente termos o Coutinho aqui. É um dos jogadores mais talentosos que já trabalhei. Ele tem chamado a responsabilidade. A gente teve dificuldade de terminar as jogadas hoje. Ele tem a personalidade um pouco mais retraída, mas é dele. Isso não deixa ele sem participar dos jogos, ele foi o principal jogador do Liverpool por dois anos. Ele tem sido comigo um jogador que chama a responsabilidade. Estou contente com ele.

Fonte: ge