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Casaca divulga nota sobre a expulsão de Léo Jardim no jogo Internacional x Vasco

Casaca divulga nota sobre a expulsão de Léo Jardim no jogo Internacional x Vasco

A cera e os “médicos”

Diante da absurda expulsão do goleiro Léo Jardim na partida contra o Internacional, realizada no último domingo, 27 de julho, no Estádio Beira Rio, é necessário que teçamos as críticas aos doutores de plantão mídia afora e na comissão de arbitragem da CBF. O episódio se configurou numa clara injustiça contra um atleta do clube, além de representar uma afronta ao que está expresso na regra.

Durante a partida, ficou comprovado que o goleiro Léo Jardim comunicou com absoluta clareza ao árbitro sentir dores e precisar de atendimento médico. A evidência foi confirmada por meio de leitura labial, com base no vídeo do lance, e a partir da captação de áudio registrada no microfone utilizado por Flávio Rodrigues de Souza, árbitro da partida. Trata-se de uma gravação à qual a Confederação Brasileira de Futebol tem total acesso. Mesmo diante da manifestação objetiva do atleta, o árbitro optou por ignorar a situação e aplicou o segundo cartão amarelo, resultando em sua expulsão de forma absolutamente indevida.

No dia seguinte à partida, em 28 de julho, foi emitido um laudo médico oficial, assinado pelo doutor Luiz Fernando Schwinden, no qual se confirma que o goleiro Léo Jardim apresentava alterações contusionais na junção costocondral do último arco costal esquerdo, além de hematomas musculares profundos… A constatação clínica põe em xeque certezas empíricas do árbitro e de seus defensores ao longo das 24 horas seguintes. A expulsão aplicada por Flávio Rodrigues de Souza, teve como justificativa a suposta prática de “cera”, como se o atleta estivesse retardando deliberadamente o reinício da partida. Contudo, o laudo do exame faz crer o contrário.

De acordo com o que estabelecem as normas do futebol, o goleiro é uma exceção à regra, quanto à proibição do atendimento em campo. A lógica disso versa sobre o fato de ser ele o único atleta cuja ausência inviabiliza a continuidade do jogo. A omissão do árbitro em acionar o atendimento médico, bem como a punição disciplinar imposta a Léo Jardim, violam frontalmente esse princípio e ferem a lógica mínima do bom senso, da segurança e da própria regra de jogo.

Tendo em vista a gravidade dos fatos, cabe ao Club de Regatas Vasco da Gama (que comanda a VascoSAF) adotar posicionamento firme junto aos órgãos competentes. A anulação do cartão vermelho aplicado ao goleiro Léo Jardim, bem como sua liberação para a próxima partida do Campeonato Brasileiro, desde que esteja clinicamente apto, é uma excepcionalidade diante da excentricidade vista pela arbitragem no caso. Por outro lado, o árbitro Flávio Rodrigues de Souza, diante do ocorrido, não deveria ser envolvido em qualquer partida do Vasco durante o atual Campeonato Brasileiro, seja com o clube atuando como mandante ou visitante.

O episódio insólito de domingo não pode ter o fim que se quis dar, num roteiro no qual se fez cera para tocar o dedo na ferida do erro cometido pelo árbitro, absolvido devido ao diagnóstico dado por “médicos” de ocasião.

Casaca!

Fonte: Casaca