Serviços

VP da CBF diz que entidade quer implementar fair play financeiro no futebol brasileiro até 2026

VP da CBF diz que entidade quer implementar fair play financeiro no futebol brasileiro até 2026

Vice-presidente da CBF, Ricardo Gluck Paul vê como urgente a implantação de um sistema de fair play financeiro para os clubes de futebol no país.

Em participação no Fórum Sustentabilidade em Campo, nesta segunda-feira, em São Paulo, o dirigente afirmou que esse é o hoje o assunto mais importante em discussão na estrutura do esporte.

Para ilustrar a situação preocupante, em sua visão, Paul fez uma analogia:

– Em 2019 se falava em fair play financeiro, um plano de contenção de gastos, porque já se enxergava para onde o futebol brasileiro estava indo. Nada foi feito. É como se, naquela época, a gente visse o Titanic na direção do iceberg e tivesse com desviar – afirmou, durante debate sobre a sustentabilidade em grandes eventos esportivos.

– O navio bateu no iceberg e está afundando – completou.

O dirigente, também presidente da federação de futebol do Pará, é quem chefia uma comissão que inclui clubes e federações estaduais para a elaboração de um plano de fair play financeiro que a CBF espera implantar ainda em 2026.

– Tem quem escolhe tocar música e esperar o navio afundar, e quem joga a boia para ajudar os outros. Estamos no caos. A CBF escolheu jogar a boia – afirmou.

A confederação planeja reunir personagens para um primeiro encontro para debate na próxima segunda-feira, no Rio.

O grupo de trabalho do fair play financeiro tem 33 clubes (os 20 da Série A e outros 13 da Série B), além de dez federações estaduais.

— O objetivo é ter, em 90 dias a partir do início do grupo de trabalho, um relatório do modelo. A partir daí, a presidência define a implementação. O esforço que está sendo feito é para que seja (implementado) em 2026. Agora, naturalmente, e isso é uma opinião pessoal, creio que haverá necessidade de construir uma onda inicial, uma intermediária e assim por diante.

— É um processo para não criar um colapso. Não é a partir de amanhã. Vai ser algo que tenha relevância, que traga o que a gente procura, mas também que tenha implementação responsável — disse Ricardo Paul em entrevista ao ge em junho.

Fonte: ge