Serviços

Comida popular brasileira é reverenciada no 14º Festival Macaé Gastronomia e Cultura – Notícias de Itaperuna e Região

O público da Cozinha Show do 14º Festival Macaé Gastronomia e Cultura se deliciou, na noite de quinta-feira (4), com aulas de grandes chef, como Kátia Barbosa (Aconchego Carioca, no Leblon/Rio, e Sofia, na Praça da Bandeira/Rio) e Bianca Barbosa (Bar Kalango, em Botafogo/Rio) e ainda com a criatividade da head bartender do Elena e Eleninha, no Horto/Rio, Taynah de Paula. Kátia e Bianca prepararam o Arroz Maria Isabel, uma história de resistência da comida popular brasileira. O projeto recebe apoio institucional da Prefeitura de Macaé.
Kátia Barbosa, há cerca de 10 anos, participa de quase todas as edições do Festival Macaé Gastronomia e Cultura. Neste ano, comemorativo dos 15 anos do Polo Gastronômico de Macaé, ela apresentou a receita Arroz Maria Isabel “com licença poética”. Não faltaram elogios às palestrantes e ao prato. Mãe e filha mantiveram uma conversa divertida e interativa com a plateia, mas também tocaram em questões de importância cultural.
Elas salientaram que ingredientes, saberes e fazeres da gastronomia popular brasileira estão entrando em extinção por falta de uso. Também defenderam a existência de uma comida genuinamente carioca. Kátia disse que preparará uma aula com este tema para a sua próxima vinda a Macaé. As chefs também salientaram a necessidade de melhoria técnica para a aumento da qualidade do que é servido e a importância da incorporação de tecnologia.
“Estou muito feliz mesmo com este evento, porque eu vi o início. Quero homenagear estas pessoas (gestores do Polo Gastronômico de Macaé) que lutam pela nossa cultura e pela nossa história. E eu quero contar para vocês a mais bonita história sobre o Arroz Maria Isabel, a que faz a gente pensar. Este arroz começou a ser feito no Piauí (…) é importante esta divulgação, as matérias, porque durante muito tempo nós mulheres não tínhamos voz e hoje eu tenho voz”, disse Kátia, que completou: “A cultura dos botequins cariocas precisa ser respeitada. A gente precisa falar mais sobre comida brasileira (…) e cozinhem para a sua família. É o que de melhor se pode dar”.
Bianca frisou que o botequim, uma cultura que embora predominantemente masculina até a década de 50, a partir de 60, é tomada pelas mulheres, não somente como consumidoras, mas também como gestoras. “É uma cultura que também fala de família e de empreendedorismo feminino há 70 anos. É uma economia criativa. Os botequins são tais quais os pequenos bistrôs da França e as bodegas, em Portugal (…) nós somos porta-vozes da comida que é boa, limpa e justa. Que é boa para quem consome e para unir as famílias e que é limpa para a gente e para o planeta, comprada do pequeno agricultor e na feira, porque não precisamos de tantos ultraprocessados. Se perdemos esse elo, perderemos muitos outros. Porque esta é a forma que a gente come e se expressa”. A aula-show foi encerrada com um viva à comida brasileira.
A aula de Taynah de Paula, com o tema ‘Clássicos à mesa: releitura sob medida para cada experiência’, abriu a noite na Cozinha Show. A head bartender explanou sobre a Internacional Bartender Association (IBA), com uma composição de 102 coquetéis clássicos e 36 famílias de coquetéis. Ela falou ainda sobre os clássicos brasileiros, sobre os preferidos dos clientes do Elena e Eleninha, das receitas criativas desses bares – que estão entre os 500 melhores do mundo – e dos coquetéis sem álcool. “Para um drink ser um clássico, ele precisa ser replicado em qualquer lugar do mundo. Os clássicos são remoldáveis o tempo todo e são feitas releituras de acordo com a casa”, frisou.
Ao som de jazz e bossa nova ou dos DJs, simultâneos em duas pistas, o público do festival apreciou as receitas exclusivas dos 25 associados ao Polo Gastronômico e de seus convidados, drinks, vinhos, chopes e cervejas artesanais locais. Bruna Neves, que já foi proprietária de hamburgueria disse que sempre está presente nos eventos do Polo. “Estou gostando muito desta edição. Está bem-organizada e com preços numa boa média, porque por trás de um investimento há muito trabalho e muito custo. Estou provando a receita do Macahé Burguer. Achei bem interessante. Está delicioso. Quis ficar perto do DJ (Curupira), porque sempre anima. Os organizadores do evento estão de parabéns”.
Também Viviane Assum frequenta todos os projetos do Polo Gastronômico. “Mas este especificamente. Este ano a estrutura está maravilhosa. A decoração está linda, com referências aos restaurantes antigos. Estou com minhas filhas, de 8 e 12 anos. A área infantil está superorganizada e com brinquedos novos. Está bem legal”, recomendou.

Mari Rezende e Toninho Momo são os convidados desta sexta (5)
Uma receita de polenta com moela será demonstrada por Mari Rezende (Bar da Frente) e Toninho Momo (Bar do Momo), nesta sexta-feira (5), às 19h. Este ano, o Bar da Frente foi eleito o Melhor Bar do Rio, no prêmio Rio Gastronomia 2025, cinco meses após a abertura de uma filial em Copacabana, que preservou a essência da sede, na Praça da Bandeira. O carro-chefe da casa é o porquinho de quimono. Já Toninho Momo comanda a cozinha do Momo desde 2010. O bar, na Tijuca, foi fundado nos anos 70 por Abrahão Reis e depois comandado pelo Tonhão, pai do Toninho. O bar foi consagrado Patrimônio Cultural Carioca, em 2022, e vencedor por seis vezes seguidas do prêmio Água na Boca Tijuca do Jornal O Globo. Toninho também assina o cardápio do Bar do Zeca Pagodinho.
‘Tortilha de mandioca com torresmo e limão’ será o prato apresentado, às 20h, por Henrique Gilberto da Cozinha Tupis, no Mercado Novo de Belo Horizonte-MG. Henrique formou sua base ao lado de grandes nomes, como Alex Atala, Alberto Landgraf e Massimo Bottura, e se aprimorou na Osteria Francescana, na Itália, sob mentoria de Yoji Tokuyoshi, mas sempre conectado às raízes mineiras.
Os patrocinadores do festival são: Viana Offshore (master), Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado do Rio de Janeiro e Brascabo Products & Services. O projeto recebe apoio cultural da Oscip Usina de Fomento Cultural e a produção cultural é de Beto Brandão Eventos. No Instagram @polomacae há mais informações sobre os pratos.

Cozinha Show
Sexta-feira (05), às 19h, Mari Rezende (Bar da Frente, Rio/@mari_bardafrente) e Toninho Momo (Bar do Momo, Rio/@toninhomomo), com a receita Polenta com moela e, às 20h, Henrique Gilberto (Cozinha Tupis, MG/@henriquengilberto), com o prato Tortilha de mandioca com torresmo e limão.
Sábado (06), às 12h, Jaqueson Dischoff (consultor pizzaiolo Vicolli, Macaé/@jaquesondichoff), apresentando ‘Massa de fermentação natural e a história da pizza napolitana’; às 14h, Adriana Veloso (Pescados na Brasa, Rio/@chefadrianaveloso), com sua receita de Tacacá; às 16h, Joabe Dutra e Patrick Paes (Coffee Club Colheita Caparaó, Macaé/@coffeeclubcaparao), com o tema ‘Do cotidiano ao inesquecível: a revolução do café especial na nova gastronomia’; às 17h, Patrícia Petersen (Casa 30, Macaé/@patriciapetersen_), apresentando o processo de produção de chocolate bean to bar; às 18h, Rafael Cavalieri (TT Burger e Marola, Rio/@t.t.burger), com a receita Tuna Melt, e às 20h, Pedro Coronha (Koral, Rio/@pedrocoronhaa), com o prato Brioche com tartar de peixe, pesto de tomate assado e stracciatella.
Domingo (06), às 12h, Marcelo Marani (consultor de bares e restaurantes, São Paulo/@marcelomaranioficial), com o tema ‘Do desafio ao resultado: estratégias para crescer em Macaé mesmo em cenários desafiadores’; às 13h, Honório Oliveira (Churrascaria Palace, Rio/@churrascariapalace) e Thiago Wigg (mestre cervejeiro, Macaé/@thiagowigg), com Arroz caldoso de cupim com milho e crocante de alho poró e harmonização cervejeira e, às 15h – Caio Soter (Pacato e Bar Pirex, Belo Horizonte-MG/@caiosoter), com a receita Canjiquinha do Quintal com bochecha de porco, picles de maxixe, castanha de pequi e PANCS.

Programação Artística
Sexta-feira (5) – Das 19h30 às 20h30, Zé Rangel Quarteto Bossa e Jazz. Pista 1: das 18h às 21h30, DJ Lyd e, das 21h30 a 01h, Isaac Varzim. Na Pista 2: das 19h às 22h, Curupira e, das 22h a 01h, Bibi Grácio.
Sábado (3) – Das 15h às 16h30, grupo Amigos do Bico e, das 19h30 às 21h, Zé Rangel Quarteto Bossa e Jazz. Pista 1: das 12h às 15h30, Isaac Varzim; das 15h30 às 19h, Bibi Grácio; das 19h às 22h, Luíza Aguiar e, das 22h a 01h, Marcelinho da Lua. Na Pista 2, das 12h às 15h30h, Luíza Aguiar; das 15h30 às 19h, Costa Atlântica Sound System; das 19h às 22h, Lu Simor e, das 22h às 01h, Rodrigo S.
Domingo (7) – Das 15h às 17h, Zé Rangel Quinteto – Pelos Caminhos do Choro. Pista 1, das 12h às 15h30h, Costa Atlântica Sound System; das 15h30 às 19h, DJ Moah e, das 19h às 22h, DJ Chance da Silva. Na Pista 2, das 12h às 15h30h, DJ Jéssica; das 15h30 às 19h, Daniel Juca e, das 19h às 22h, Seletores Universais.

Palco Cultura
Sexta-feira (5) – Das 18h50 às 19h, Polo de Cultura da Fronteira, com Ginástica Artística Juvenil, coreografia “As contorcionistas” (Professores Maurício e Paula); das 19h às 19h10, coreografia “No mundo da Lua” (Professores Simone e Sandro); das 19h10 às 19h20, Ballet Babyclass 1, coreografia “As palhacinhas” (Professora Juliana); das 19h20 às 19h30, Ballet Babyclass 1, coreografia “As bailarinas da caixinha de música” (Prof. Juliana) e das 19h30 às 19h40, Dança de Rua, coreografia “Por que eu danço?” (Prof. Sandro).
Sábado (6) – Das 14h às 14h30, Âmbar + Ana Botafogo; das 15h30 às 16h, La Danza Grupo Cultural, com Flávia Rocha, em Variação Dying Swan (Ballet Clássico), Isabelly Crespo, em coreografia “Skye” (Solo Ballet Clássico Livre Infantil); Carla Richele, em coreografia “Next to you” (Solo livre) e das 17h30 às 18h, Orquestra Emart.
Domingo (7) – Das 15h às 16h, Circo da Matita, Palhaçaria do Sana (Secretaria Municipal de Cultura) e das 18h às 18h30, Escola Jaime Arôxa Macaé, Demonstração de diversos estilos de danças a dois.