Confira motivos que mostram como o Vasco saiu da 17ª posição para brigar por Libertadores
Ao fim da 14ª rodada, disputada no meio de julho, o Vasco estava em 17º lugar na tabela, abrindo a zona de rebaixamento. O clube havia ocupado a mesma colocação na oitava rodada e não conseguia se afastar da briga na parte debaixo.
Passados três meses, o time de Fernando Diniz vem de uma sequência de vitórias sobre Vitória, Fortaleza, Fluminense e Bragantino e pulou para a oitava posição, com 42 pontos. A briga para fugir do Z-4 ficou para trás há algum tempo. O Vasco tem a melhor campanha do segundo turno da competição, ao lado de Palmeiras e Mirassol.
Abaixo, o ge mostra quatro motivos que ajudam a entender como o Vasco saiu da zona de rebaixamento para se colocar na briga por uma vaga na Libertadores do ano que vem.
A convicção no trabalho
Pela primeira vez em muito tempo, o Vasco passou por uma tempestade sem precisar apostar em mudanças ou mudar o rumo de um trabalho que estava sendo feito. Essa é uma filosofia que começa no presidente Pedrinho, que é fã declarado de Fernando Diniz e sempre acreditou que ele seria capaz de entregar os resultados dos quais o clube precisava.
Houve barulho e pressão externa no momento em que o Vasco não conseguia as vitórias, mas em nenhum momento é possível dizer que Diniz balançou no cargo – nem mesmo quando o time caiu na Sul-Americana com duas atuações muito fracas contra o Independiente del Valle. Ele e sua comissão tinham o respaldo do presidente e de boa parte da diretoria de futebol.
O mesmo também pode ser dito sobre Diniz, que tem uma maneira estabelecida de jogar com os seus times e não deixou que a má fase abalasse suas convicções. O treinador sempre destacava o fato de o time estar conseguindo criar as jogadas e se dizia convencido de que os resultados chegariam mais cedo ou mais tarde.
A janela certeira
As mudanças no time que brigava para não cair três meses atrás para o atual são poucas, mas podem ser definidas como fundamentais nessa virada de chave do Vasco no campeonato. Com o executivo Admar Lopes, o clube conseguiu atacar com precisão a janela de transferências e trouxe para a equipe quatro jogadores que hoje são titulares incontestáveis.
A começar pela dupla de zaga formada por Carlos Cuesta e Robert Renan, que mudou o patamar defensivo da equipe. O Vasco não sofreu gols nos últimos três jogos, por exemplo. Os dois zagueiros conseguiram resolver um problema crônico que assolava o clube desde o início da temporada. Outra contratação foi a de Andrés Gómez, que tomou para si a vaga de ponta titular pela direita e já tem quatro assistências, com direito a jogadaça no terceiro gol contra o Bragantino.
Além disso, o Vasco acertou em adiantar o retorno de Barros, que estava emprestado ao América-MG. O volante no momento é um dos pilares do meio de campo de Diniz. Basta ver que, desde que voltou, o time não foi derrotado nas partidas em que ele foi titular.
A evolução de Coutinho
O bom futebol do Vasco na temporada passa pelos pés de Philippe Coutinho. Ele não é o artilheiro (tem 11 gols em 2025), não é o líder em assistências (deu passe para apenas um gol nos últimos sete jogos), mas o jogo da equipe passa por ele da saída de bola, com o camisa 10 por muitas vezes se colocando entre os zagueiros para receber, até a conclusão no campo do adversário.
Coutinho também vive o seu melhor momento físico desde que voltou ao Vasco, o que o ajuda a dominar todas as etapas da partida e a estar em diferentes lugares do campo. Ele deu um basta nas lesões que atrapalhavam sua sequência e não tem mais dificuldade para jogar os 90 minutos ou ficar até o fim das partidas. Aos 33 anos, o craque pode completar em 2025 a temporada com mais partidas disputadas de toda a sua carreira.
Rayan
Melhor jogador do Vasco no campeonato e candidato a todas as premiações ao fim da temporada, Rayan é o jogador que decide os jogos do qual equipe precisa. Foi assim contra Fluminense, Fortaleza e Vitória – só para ficar nos exemplos mais recentes.
Sob o comando de Diniz, o atacante de 19 finalmente desabrochou no Vasco. São 16 gols na temporada, nove deles marcados só de agosto em diante. No Brasileiro, ele tem 11 e está entre os principais artilheiros, atrás apenas de Pedro, Vitor Roque, Vegetti, Kaio Jorge e Arrascaeta.
Fonte: ge
