Em um ambiente hospitalar, que gera preocupação e incertezas, a música tem sido uma alternativa complementar no tratamento dos pacientes. Essa atividade se tornou uma prática no Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI) e na Maternidade Mariana Bulhões. Pelo menos duas vezes na semana as unidades desenvolvem apresentações de musicoterapia com o apoio de voluntários que levam, por meio de instrumentos e canções, momentos de conforto, alívio do estresse, da dor e da ansiedade.
De acordo com as equipes médicas, além dos benefícios físicos e mentais, a musicoterapia é um método eficaz na recuperação dos pacientes, sendo possível diminuir o tempo de internação.
“Nossa prioridade é oferecer um acolhimento humanizado aos pacientes que utilizam as unidades de saúde de Nova Iguaçu. O projeto de musicoterapia colabora, principalmente, para o alívio da dor e traz um ambiente de conforto para os pacientes”, afirma o secretário municipal de Saúde de Nova Iguaçu, Luiz Carlos Nobre Cavalcanti.
As apresentações dos músicos, que comemoram o Dia do Musicoteraupeuta nesta sexta-feira (15), acontecem em todos os ambientes das unidades hospitalares. O repertório é variado, de Música Popular Brasileira (MPB) a canções religiosas. Tanto no HGNI quanto na Maternidade Mariana Bulhões, os pacientes têm a oportunidade de interagir e acompanhar os voluntários da porta das enfermarias. Já os acamados recebem a apresentação musical na beira do leito.
“Os voluntários adaptam as músicas para atender às preferências dos pacientes durante as visitas aos setores de emergência e internação. Também há uma interação com os familiares ou acompanhantes”, explica a diretora técnica do HGNI, Thatiany Nunes.
Internada há 12 dias no HGNI, Tânia Maria dos Santos, de 50 anos, se emocionou ao ouvir as apresentações do saxofonista Clelio Oliveira, de 24 anos, e da violinista Samara Thomé, de 15.
“Ouvir a apresentação delas causa uma emoção boa. Sou evangélica e fiquei emocionada, pois, essa música veio para confortar meu coração. Estou muito agradecida”, conta.
Enfermeira do Núcleo de Educação Permanente da Maternidade Mariana Bulhões, Silvania Guedes destacou como a musicoterapia beneficia os pacientes da unidade.
“A musicoterapia sensibiliza os pacientes, acompanhantes e os funcionários, proporciona aconchego e ajuda nos cuidados. É muito bonito ver a emoção de todos e como a música toca na alma das pessoas”, explica.
Prestes a dar à luz ao filho Isaque, na Maternidade Mariana Bulhões, Ana Júlia Firmino, de 19 anos, conta que a música faz parte de sua vida. Ela elogiou a apresentação de voz e violão feita por Bruno Coelho da Silva, de 27 anos.
“É um projeto muito agradável. O músico tem uma voz bonita e toca bem. Para mim, a música é uma grande terapia, relaxante e esvazia a mente de preocupações”, completa.